Leandro N Lima / aagua.net

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Memoria Coletiva


instalação em realidade virtual
dimensões variáveis



Motta&Lima

2018



Telefone, celular, a internet, chats, aplicativos para conversa em vídeo. Portais de busca, compartilhamento de imagens, o apuro de sistemas de localização. O desenvolvimento de tecnologias voltadas à comunicação e o fácil acesso a assuntos e lugares em qualquer parte do mundo trazem enormes transformações para nossa percepção cotidiana. Estar distante não inviabiliza as mesmas coisas que impossibilitava no passado, ao mesmo tempo em que estar em contato nem sempre implica a mesma intimidade produzida pelo convívio presencial que tínhamos como fundamento dos encontros. Todas essas ferramentas facilitam desde o trabalho e até permitem que conheçamos alguém, contudo, é como se a todo o momento a tecnologia fosse responsável a nos transportar para lugares outros de arrebatadora experiência, entretanto, esses mesmos algoritmos e a realidade virtual, por exemplo, podem emular situações que nos façam refletir sobre o lugar que estamos aqui e agora, seus perigos, seus desconfortos, mas também sua importância.

Nesta obra, Gisela Motta e Leandro Lima propõem uma imersão real em um ambiente construído. Sozinho, o visitante veste óculos de realidade virtual e se vê exatamente na mesma sala em que ele se encontra, sentado no meio. Pessoas entram na sala, andam em volta, rodeiam o visitante e o fitam intensamente, encarando-o, quase como um objeto para análise. O que elas farão a seguir? O público, então, perde seu lugar de espectador ou ativador da obra e assume ele mesmo o lugar da “coisa” a ser vista, estudada, a partir daqueles olhares muito bem direcionados.

Paulo Miyada





Phone, internet, chats, video chat apps. Search engines, image sharing or refined location systems. The development of technologies aimed at communication and easy access to subjects and places in any part of the world brings enormous changes to our daily perception. Being distant does not prevent the things that were impossible in the past, while being in contact does not always imply the same intimacy caused by the face-to-face interaction that we had as the basis of the encounters. All these tools facilitate from work to meeting someone, yet it's like at any given moment technology was responsible for transporting you to other places of ravishing experience, however, these same algorithms and virtual reality, for example, can emulate situations that make us reflect on where we are here and now, its dangers, its discomforts, but also its importance.

In this work, Leandro Lima and Gisela Motta propose a real immersion in a constructed environment. Alone, the visitor wears virtual reality glasses and finds himself in exactly the same room in which he arrived, sitting in the middle. People enter the room, walk around, surround the visitor and stare at him intensely, regard him, almost like an object for analysis. What will they do next? The public, then, loses its place of spectator or activator of the work and assumes the place of the “thing” to be seen, studied, from those very well directed looks